segunda-feira, 13 de março de 2006

Surfe é Poesia

Descendo do morro, sorriso no rosto
A prancha no braço, a pressa no passo
Queimando descalço
Pisando no asfalto, driblando o cansaço

Se benze na água e sente seu gosto
Conversa com as ondas e busca um espaço
Sortudo descobre um buraco e se entoca
No tubo recebe de Deus um abraço

No grito abafado que sai do canudo
Mantendo o equilíbrio e pisando tudo
Na prancha barata quebrada no bico
Nascendo e vibrando se sente o mais rico

Surfista do morro, saindo do mar
Voltando pra casa, saindo do lar
Andando nos becos, subindo a escada
De cabelos secos e alma lavada

Autor desconhecido

Um comentário:

Unknown disse...

Linda essa poesia! Amei...até eu que não pratico surf me emocionei.
Bjs